sábado, 3 de novembro de 2012

Culinária Medieval


O pão era o alimento básico, seguido alimentos derivados de cereais, como o mingau e as massas. Entre os temperos comuns estavam o vertjus , suco extraído de uvas não maduras, o vinho e o vinagre. Estes, juntamente com a utilização de mel ou açúcar, deu a muitos pratos um sabor agridoce. Os mais populares tipos de carne eram de porco e frango, enquanto a carne bovina, que exigia um maior investimento em terras, era menos comum. Bacalhau e arenque estavam entre os principais da população do norte, mas uma grande variedade de outros peixes de água salgada e de água doce também serviam de alimento. Particularmente popular era uma bebida leitosa feita de amêndoas trituradas, chamada de leite de amêndoa, que era um substituto comum para o leite animal. As cozinhas das cidades em volta do Mediterrâneo foram desde hoje baseadas em cereais, particularmente em vários tipos de trigo. Mingaus desse cereal e de outros, como a aveia, e mais tarde o pão, se tornaram a alimentação básica e representavam a maior parte das calorias ingeridas para a maioria da população. A dependência de trigo permaneceu grande ao longo da época medieval, e, com o crescimento do Cristianismo, espalhou-se para o norte. A centralidade do pão em rituais religiosos, como a Eucaristia, significava que ele gozava de um elevado prestígio entre gêneros alimentícios. Apenas o azeite e o vinho tinham um valor comparável, mas permaneceram muito mais restritos fora das regiões mais quentes onde cresciam uvas e olivas. O papel do pão como símbolo de sustento (e mesmo de essência) é ilustrado em um sermão dado por Santo Agostinho:

A igreja proibia o consumo de carne por um terço de ano para a maior parte dos cristãos, e todos os produtos animais, incluindo ovos e derivados do leite, (com exceção do peixe) eram geralmente proibidos durante a Quaresma e durante jejuns. A igreja abria exceções quando alternativas não-animais estavam indisponíveis ou simplesmente eram demasiado caras . As crianças, os velhos, os peregrinos, os trabalhadores e os mendigos eram isentos do jejum.
Jejum Carne e outros produtos animais como leite, queijo,manteiga e ovos não eram permitidos, somente peixe. O jejum intencionava mortificar o corpo e revigorar a alma, para reforçar o dogma medieval que acarne era ‘’inferior’’, e também fazer lembrar do sacrifício de Cristo pela humanidade. A intenção não era retratar certos alimentos como impuros, no lugar disso, a abstenção era uma lição espiritual de autodomínio.




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