sábado, 3 de novembro de 2012

Trajes Medievais



As vestimentas medievais sofreram modificações e influências com o passar dos séculos, derivando de antigos trajes romanos, germanos e celtas/gauleses. Basicamente, apenas os que usufruíam de poder econômico e político poderiam se vestir elegantemente. Os artesãos fabricavam as roupas à mão, com tecidos de algodão, pele ou couro.



Homens
O tamanho das roupas masculinas oscilavam de acordo com a ocupação na sociedade, ocasião e época.
Greguescos – Calções largos, vestidos por baixo de túnicas.
Pelotes – Forrados com peles ou seda, eram usados como coberturas para as pernas, por baixo das túnicas.
Saios – Vestidos sem botões que chegavam à altura do joelho.
Capa – Curtas ou longas, eram obrigatórias nas viagens.
Capuz – Cobriam a cabeça.
Túnicas – Fechadas desde o pescoço e apertadas na cintura.
Gloneles – Vestido com mangas largas.
Xales – Cobriam e protegiam as costas.
Bozerguins – Botas.
Sapatos - fechados e bicudos.
Polainas – Meias tricotadas.
Brial – antiga roupa íntima, pregada por alfinetes, que chegava até à altura dos joelhos.
Chemise – Camisa de mangas longas, usada como a primeira peça, ou seja, roupa de baixo. Originalmente, era fabricada com lã. Nos homens, seu comprimento ia até a panturrilha. Os mais ricos adornavam suas chemises com fios de ouro. Os monges e pessoas mais pobres ficavam com os modelos mais lisos e grosseiros.
Visual masculino
Penteados pouco variados; cabelo encaracolado, caído sobre as orelhas, e baba curta; sobretudo, cabelo curto e chapéus para distinção social.




Mulheres
As roupas femininas eram sempre compridas.
Vasquinha -Vestido justo, com pequenos decotes e ornamentados com joias em ouro na cintura. Sempre longo e evasê (boca larga).
Sobreveste – Casaquinho com ou sem mangas, podendo ser liso, bordado, curto, longo, de várias ou uma só cor. Vestia-se por cima da vasquinha, abrilhantando o traje.
Túnicas – Fabricadas com tecidos finos, eram largas, as mangas eram afuniladas e estreitavam perto do pulso.
Mantos ou véus – Cobriam a cabeça e acompanhavam as túnicas.
Chemise – Mesmo modelo masculino, mas com o comprimento até a altura do tornozelo.
Garde – corps – Ancestral dos espartilhos, o garde-corps era um colete acolchoado e justo ao corpo, que comprimia a silhueta.
Capa – Curtas ou longas, eram obrigatórias nas viagens.
Polainas – Meias tricotadas.
Bozerguins – Botas.
Sapatos – Feitos de couro ou no modelo de tamancos.
Toucas – Cobriam a cabeça, feitas de tecido fino e eram utilizadas por baixo de um véu.
Mantilhas - Peça de tecido fino que recobria a cabeça, o cabelo e o pescoço, como sinal de retidão moral. Era bastante usado por mulheres mais idosas, viúvas ou devotas.
Luvas – Bordadas por mulheres ricas, raramente eram usadas. Sua confecção era considerada um segredo por um seleto grupo de artesãos, que as fabricavam com excelência.
Visual feminino
Geralmente, usava-se um penteado com o cabelo dividido ao meio e tranças. Os cabelos também eram amarrados, tapando-os com um tecido bordado ou rede lateral. Esse modelo permitia a formação de cachinhos sobre as orelhas.Quanto às regras, os cabelos deveriam ser sempre longos, exceto para as religiosas. As mulheres casadas deveriam usá-los presos, como uma forma de identificação. As jovens donzelas os usavam soltos, simbolizando pureza e fertilidade.As tranças adquiriam volume com apliques feitos de cabelos de defuntos.A partir do século XIV, as roupas medievais sofreram intensas mudanças. Os vestidos deixaram de ser justos para ganhar volume e proporção ao corpo. As ceroulas, mais compridas e justas, e camisas que cobriam desde o ombro até a cintura, passaram a ser usadas.Prezavam-se, no momento, por penteados masculinos como cabelos curtos e aparados, e o uso de barba passou a ser mais frequente. Os sapatos eram feitos com pele de bode e cabra e o marroquino, que cobria do pé ao joelho, passou a ser usado.

Igreja sobre a Cultura Medieval


Além de influenciar a população com seus dogmas, a Igreja controlava também a educação. Ao final do século XII, as universidades estavam extremamente ligadas à Igreja, que influenciava diretamente no conteúdo passado aos jovens. As universidades de Roma, Coimbra, Oxford, Paris e Salerno eram as de maior destaque.
Além de ter sua cultura dominada pelos valores religiosos da Igreja, a cultura medieval é lembrada por diversos outros aspectos. Na arquitetura, os estilos românico e gótico marcaram época. O primeiro apresenta traços simples e rigorosos, muros bem reforçados, janelas estreitas e pilares grossos. Já o estilo gótico era mais leve, elegante e apresentava traços mais verticais. As janelas sempre recebiam ornamentos de vidro com mosaicos coloridos, além da boa iluminação, paredes angulosas, altas; e pilares mais extensos. Um bom exemplo da cultura arquitetônica gótica é a catedral de Reims, em Paris.
Na pintura, o domínio era de figuras humanizadas de divindades. Neste período destacam-se Giotto di Bondone, pintor e arquiteto italiano; e Cenni di Petro Cimabue pintor florentino e criador de mosaicos. Na música, houve também influência da Igreja, sendo o estilo sacro o de maior destaque. Nomes como Gregório Magno, introdutor do canto gregoriano; e Guido d’Arezzo, que batizou as sete notas musicais, foram extremamente importantes para o desenvolvimento da música erudita. Também se destacaram os trovadores e menestréis da música popular. Os primeiros eram compositores e poetas românticos “popularescos”, já os segundos eram os acompanhantes dos trovadores.
Outro campo que se desenvolveu bastante foi a literatura. Havia a épica, que contava histórias de heróis e suas aventuras; e a lírica, mais sobre sentimentos e emoções. Um grande nome da literatura medieval foi o italiano Dante Alighieri, com sua mais importante obra, A Divina Comédia. No campo filosófico, os nomes mais conhecidos foram: Santo Agostinho, Santo Tomás de Aquino e Roger Bacon.

Culinária Medieval


O pão era o alimento básico, seguido alimentos derivados de cereais, como o mingau e as massas. Entre os temperos comuns estavam o vertjus , suco extraído de uvas não maduras, o vinho e o vinagre. Estes, juntamente com a utilização de mel ou açúcar, deu a muitos pratos um sabor agridoce. Os mais populares tipos de carne eram de porco e frango, enquanto a carne bovina, que exigia um maior investimento em terras, era menos comum. Bacalhau e arenque estavam entre os principais da população do norte, mas uma grande variedade de outros peixes de água salgada e de água doce também serviam de alimento. Particularmente popular era uma bebida leitosa feita de amêndoas trituradas, chamada de leite de amêndoa, que era um substituto comum para o leite animal. As cozinhas das cidades em volta do Mediterrâneo foram desde hoje baseadas em cereais, particularmente em vários tipos de trigo. Mingaus desse cereal e de outros, como a aveia, e mais tarde o pão, se tornaram a alimentação básica e representavam a maior parte das calorias ingeridas para a maioria da população. A dependência de trigo permaneceu grande ao longo da época medieval, e, com o crescimento do Cristianismo, espalhou-se para o norte. A centralidade do pão em rituais religiosos, como a Eucaristia, significava que ele gozava de um elevado prestígio entre gêneros alimentícios. Apenas o azeite e o vinho tinham um valor comparável, mas permaneceram muito mais restritos fora das regiões mais quentes onde cresciam uvas e olivas. O papel do pão como símbolo de sustento (e mesmo de essência) é ilustrado em um sermão dado por Santo Agostinho:

A igreja proibia o consumo de carne por um terço de ano para a maior parte dos cristãos, e todos os produtos animais, incluindo ovos e derivados do leite, (com exceção do peixe) eram geralmente proibidos durante a Quaresma e durante jejuns. A igreja abria exceções quando alternativas não-animais estavam indisponíveis ou simplesmente eram demasiado caras . As crianças, os velhos, os peregrinos, os trabalhadores e os mendigos eram isentos do jejum.
Jejum Carne e outros produtos animais como leite, queijo,manteiga e ovos não eram permitidos, somente peixe. O jejum intencionava mortificar o corpo e revigorar a alma, para reforçar o dogma medieval que acarne era ‘’inferior’’, e também fazer lembrar do sacrifício de Cristo pela humanidade. A intenção não era retratar certos alimentos como impuros, no lugar disso, a abstenção era uma lição espiritual de autodomínio.




Lendas Medievais


LENDAS MEDIEVAIS
Lendas e mitos são elementos essenciais na constituição de todas as culturas e civilizações. Um aspecto interessante é a forma que o pensamento cristão medieval se adaptava à suposta existência de seres ambíguos: se estes seres possuíam alma como os humanos e se seria possível sua salvação no reino divino.
-São Jorge, Preste João e os Dragões
O dragão, o corpo da serpente, com uma longa cauda enrolada sobre si mesma e, mais freqüentemente, asas, é o símbolo da luta entre as forças do bem e do mal narrado na Bíblia. Situações como essa são muito comuns nas narrativas de mártires como São Jorge que derrota o dragão e salva a filha do Rei da Fenícia. Assim como São Miguel e São Germain que perseguem serpentes aladas.            





-A lenda do Judeu Errante
A lenda conta, em uma de suas versões, que Cristo, enquanto caminhava levando a cruz em seu martírio, teria feito uma breve pausa para repouso e pediu a um sapateiro que lhe desse um pouco de água. O sapateiro recusou-se e zombou de Cristo dizendo: "Se és filho de Deus, faça brotar água do chão". Cristo, por sua vez, disse-lhe: "Eu caminho pelo meu martírio. Mas tu caminharás até que eu volte". Assim, ele envelheceu mas nunca morreu e passou a peregrinar pelo mundo esperando a volta de Cristo e o Juízo Final para que enfim possa descansar.




-O Purgatório de São Patrício
Narra a lenda que, orientado por Cristo, São Patrício encontrou um "buraco" (que pode ser interpretado como uma gruta ou um poço) que dava acesso direto ao purgatório. Como agradecimento, erigiu ali uma igreja e um mosteiro.Assim, todos aqueles que desejassem, poderiam adentrar a gruta (ou poço) e, se conseguir retornar, teriam todos os seus pecados perdoados.




-Santo Graal
Ao longo da história do cristianismo, a veneração por relíquias sagradas foi uma das mais corriqueiras demonstrações de fé vinculadas ao catolicismo. Esse tipo de experiência de fé visava reforçar materialmente a crença na história de vida dos santos e de Jesus Cristo. Por isso, principalmente a partir da Idade Média, as relíquias se transformaram em alvo da adoração e da constituição de várias lendas que descreviam os grandes poderes destes artefatos sagrados.Em meio a tantas relíquias, o Santo Graal tem um significado especial, pois se trata de um suposto objeto utilizado por Cristo durante a Última Ceia. Ao longo do tempo, as interpretações e simbologias em cima desse objeto sagrado ganharam novas versões que, inclusive, inspiraram a narrativa do best-seller “O Código da Vinci”. Contudo, os estudos sobre o cristianismo primitivo em pouco contribuem para que essa crença se transformasse em realidade.






Arquitetura Medieval


Sem dúvida, as construções que surgem entre os séculos V e XV têm uma rica capacidade de expressar e fornecer sentido à dinâmica experimentada durante este intervalo milenar
Das artes medievais a arquitetura religiosa, foi sem dúvida, a mais expressiva das manifestações artísticas desse período. Uma arquitetura voltada para a construção de edifícios religiosos, como a construção de templos, igrejas, mosteiros e palácios. A pintura e a escultura, no período foram usadas para complementar a arquitetura, na decoração dos templos.
No início da Idade Média, as igrejas eram quase sempre feitas de madeira. À medida que novas técnicas de construção foram surgindo e ao mesmo tempo em que a Igreja se tornava mais poderosa, as catedrais passaram a ser feitas com materiais mais resistentes como a pedra e o carvalho, por exemplo. A partir do século X, grandes igrejas começaram a ser construídas, substituindo as antigas basílicas romanas, essas construções utilizavam elementos das antigas construções romanas, por isso, esse estilo arquitetônico ficou conhecido como estilo românico.
Mais tarde, no século XII, no norte da França apareceram as construções com estruturas mais leves e que utilizavam os arcos de ogiva, surgia então o estilo gótico. Portanto a arquitetura no período medieval produziu dois grandes estilos arquitetônicos: o românico e o gótico.
São características do estilo românico: a construção de paredes maciças, pilares muito grossos que sustentavam arcos redondos e teto abobadado, janelas pequenas, interior pouco iluminado, predominância das linhas horizontais.Ainda hoje encontram-se exemplos dessas igrejas em toda a Europa Ocidental. Na França, a Igreja Notre-Dame de la Grande, em Poitiers e a Basílica de Santa Madalena, em Vézelay. Na Alemanha, a Igreja de Santa Maria Laach e a Catedral de Worms e também, na Síria e na Palestina.
São características do estilo gótico: a leveza e harmonia dos traços, paredes finas e altas. Ao contrário das igrejas românicas que têm poucas janelas, as catedrais góticas apresentam muitas aberturas para o exterior, essas aberturas são preenchidas por vitrais coloridos, formando desenhos e mosaicos, proporcionando uma maior iluminação no interior das igrejas. Predomínio de linhas verticais, com um grande número de torres elevadas e pontiagudas. Alguns exemplos da arquitetura gótica encontram-se na França nas catedrais de Notre-Dame de Reims, Notre-Dame de Paris, de Chartres, Saint-Chapelle de Paris, na Inglaterra nas catedrais de Norwich, Lincoln e Westminster em Londres. São exemplos significativos também os palácios da Justiça e do Louvre em Paris e o palácio dos Papas, de Avinhão na França.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Literatura Medieval


No geral,a idade média, mostra a preocupação  religiosa do homem de retratar sua época. Na poesia procurou-se  mostrar os valores e as virtudes do cavaleiro entre elas a justiça, o amor e a cortesia. Destacou-se a poesia épica , ou seja, que fala das ações corajosas dos cavaleiros; e apoesia lírica  que fala do amor cortês, dos sentimentos  dos cavaleiros em relação as suas amadas damas.

Um destaque da literatura desse período foi: Dante Alighieri, autor de  A Divina Comédia.                                                                             

Educação Medieval


Como já foi citado quem controlava a educação era o clero católico. No século IX, fudaram-se escolas junto as catedrais. Logo em seguida, vieram as universidades. Sendo que algumas delas são conhecidas até hoje, com exemplo: Oxford e Cambrigde. Mas em todas as faculdades da época , a influência da igreja era forte. As aulas eram ministradas em latim, e algumas das matérias de estudo eram: teologia ( filosofia),ciências, letras, direito e medicina.

O curso era composto pelo  triarium, nesta se ensinava gramática, retórica e lógica; oquadriarium, esta parte ensinava aritmética, geometria, astronomia e música.
No final do curso , os alunos já podiam se preparar profissionalmente nas “escolas de artes liberais”, ou continuar nas áreas d a medicina, direito ou teologia.

As universidades tinham vários privilégios como: ensinar seus graduados, insenção de impostos , insenção do serviço militar, além do direito de julgamento especial em foro acadêmico para seus membros. Estas vantagens eram sempre garantidas ou pelo imperador ou pelo Papa, que na época eram as maiores autoridades.